Dou destaque aqui a insatisfação do Fórum de Ongs Aids do Estado do Rio de Janeiro,com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo total desmanche da estrutura de saúde publica do Estado afetando a todos que precisam de hospitais e upas do estado independente de sua patologia,as OS que gerenciam estas unidades em que já vimos que é uma conta que não bate,cobram fortunas para administrar mal a saúde, esta na hora do governo acordar e mudar este sistema,voltar para a boa e velha contratação direta via estado,se não for por regime estatutário que seja CLT e acabar com a festa das OS!
O Fórum de Ongs Aids entregou em mãos do Dr.Fabio Mesquita uma carta pedindo que o Ministério da Saúde dentre outras coisas tente pressionar o Estado para que seja logo assinada o acordo inter federativo com o Ministério da Saúde para que em conjunto com o Governo Federal ,possa-se melhorar o atendimento as pessoas vivendo com HIV/AIDS e diminuirmos o numero de casos de novas infecções e mortes no estado por conta da aids,mais ao que parece estranhamente o estado esta correndo igual ao diabo da cruz para assinar este acordo eu diria que é no minimo estranho isto.
Por: Renato da Matta
Abaixo coloco o texto da Agencia Aids que também cobriu o evento.
O Ministério da Saúde lançou na manhã desta quinta-feira (28), na quadra da Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro, a tradicional campanha de prevenção às DSTs/aids no Carnaval. Diferente do ano passado, quando o foco era incentivar a testagem do HIV, neste ano o governo coloca mais uma vez o preservativo como principal insumo de prevenção.
Com o slogan “Deixa a camisinha entrar na festa”, o destaque, como publicado pela Agência Aids na tarde de ontem (27), é um folião fantasiado com uma enorme camisinha. "A ideia é mostrar que a camisinha faz a diferença e, assim, incentivar os jovens a se protegerem contra a aids e outras infecções sexualmente transmissíveis em suas relações sexuais", explicou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que neste evento representou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Entre as peças estão filme, jingle para veiculação em rádios e versão estendida da música para os trios elétricos e carros de som. O investimento do governo na iniciativa, segundo Fábio, é de cerca de R$ 14 milhões. Também fazem parte da campanha vídeos para redes sociais, peças para internet e ações especiais com os blocos de carnaval, com reforço para as capitais onde foi identificada maior incidência da epidemia, como Manaus e Porto Alegre.
Ainda, segundo o Ministério da Saúde, durante a folia haverá distribuição de 5 milhões de preservativos em ações especiais nos blocos, com a presença do Homem Camisinha, em cidades como Recife, Olinda, São Paulo, Salvador, Rio e Ouro Preto. Serão enviados, a bares selecionados, dispensadores com preservativos e cartazes para sinalização dos pontos de distribuição gratuita.
"Nem tudo são flores. O estado do Rio de Janeiro tem deixado a desejar na luta contra a aids. O número de novas infecções vem aumentado e desde que o governo deixou de fazer parceria com o movimento social a doença só cresce", disse o representante do Fórum de ONGs/Aids do Rio de Janeiro, Renato da Matta. "Campanhas contra a aids no Carnaval são válidas, mas elas devem ser feitas durante todo o ano. O HIV não tem data, ele não se propaga só no Carnaval ou no 1º de Dezembro", continuou o ativista.
“Hoje temos no Brasil um dos programas mais integrais na luta contra a aids. Somos referência no tratamento e na prevenção e nossa meta é conscientizar os mais jovens. Eles não viram o agravamento da aids nos primeiros anos e só com campanhas como essa é que vamos conseguir passar a mensagem”, disse o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz.
A diretora do Unaids (Programa das Nações Unidas sobre o HIV/Aids), Georgiana Braga-Orillard, e personalidades como o atleta Robson Caetano e o Rei Mono deste Carnaval carioca também marcaram presença no lançamento.
Ainda quem esteve na quadra da escola conferiu de perto uma breve apresentação da bateria da Mangueira, com mestre-sala e porta-bandeira. Passistas também desfilaram por lá. Este é o segundo ano consecutivo que a campanha é lançada na quadra da Mangueira.
Dados
Mesquita aproveitou o evento para anunciar novos dados da epidemia no Brasil. O destaque, segundo ele, é que o Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV e aids: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde) aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.
Fábio Mesquita também anunciou que 91% dos brasileiros adultos vivendo com HIV e aids, em tratamento há pelo menos 6 meses, já apresentam carga viral indetectável no organismo. “Isso significa que essas pessoas não mais transmitem o vírus para outras, pois os antirretrovirais fizeram efeito. É um grande avanço em termos de saúde pública”, disse.
Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Unaids, que têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.
“O número de pessoas em tratamento representa um recorde histórico. Nunca tanta gente começou a se tratar em um só ano. Isso significa que a campanha realizada pelo Ministério da Saúde no último ano, a #PartiuTeste, funcionou, assim como a campanha do Dia Mundial de Luta Contra Aids e as ações que desenvolvemos no âmbito do Programa Nacional de DST, Aids e Hepatite Virais”, comemorou o diretor.
Pós-Carnaval
Mais uma novidade anunciada por Mesquita na quadra da Mangueira: a partir desta quinta-feira, entra no ar, no site do Departamento, uma nova área sobre Profilaxia Pós-Exposição (PEP) com informações customizadas para o usuário do SUS, profissionais de saúde e gestores estaduais e municipais. O conteúdo incluirá a lista das 515 unidades de saúde que ofertam a PEP.
"Na Quarta-Feira de Cinzas vamos intensificar a mensagem sobre PEP. Assim, mesmo se a pessoa não usou preservativo, ela pode se prevenir fazendo o uso da pílula dos 28 dias seguintes. Serão distribuídos folhetos explicativos nos postos de saúde."
A profilaxia pós-exposição (PEP) é um procedimento que evita a infecção pelo HIV caso o medicamento seja tomado em até 72 horas após a exposição ao vírus, como nos casos de sexo desprotegido. O ideal, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir).
Durante todo o ano de 2015, foram ofertados 42,3 mil tratamentos para PEP em todo o país, um crescimento de 48,7% em relação ao ano de 2014, quando foram dispensados 28,4 mil tratamentos. Os resultados se devem, em grande parte, às ações como o novo protocolo, que simplifica os procedimentos para o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição ao HIV. Publicado em agosto do ano passado, o documento recomenda um esquema único de tratamento a todas as situações.
Redação da Agência de Notícias da Aids ([email protected])
Dica de entrevista
Assessoria de imprensa do MS
Tel.: (61) 3315-3533/3580/2351
Clique em fotos para ter acesso as fotos do evento.
Clique no botão vídeo para ter acesso aos videos do evento e ao vídeo oficial da campanha.