Nota sobre o caos instalado no Estado do Rio de Janeiro
A ANSDH em nome de suas mais de trezentas afiliadas entre instituições e afiliados(das)
Vem por meio de esta a manifestar a sua indiguinação e repudio sobre a atual situação da saúde no Estado do Rio de Janeiro.
Ultimamente estamos vendo o caos e grande retrocesso no Estado do Rio de Janeiro seja na área de segurança publica seja na área da saúde, mais vamos nos ater a saúde publica.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro vem agindo de forma totalmente irresponsável na gestão da saúde no Estado, fechando as portas e vários leitos chegamos ao absurdo das pessoas aguardarem a morte em Upas do Estado por não se conseguir transferências para hospitais que possam atender.
A mais nova e desagradável surpresa é o fechamento do atendimento das pessoas com HIV/AIDS no Hospital Ordem Terceira da Penitencia no bairro da Tijuca,a Ordem Terceira é uma referencia no atendimento das pessoas com HIV/AIDS no Estado. Estes pacientes serão transferidos para unidades com uma baixa qualidade, muito inferior do que é disponibilizado na Ordem Terceira.
A SES Secretaria Estadual de Saúde tentou deturpar uma fala minha na audiência publica na Câmara dos Vereadores em que eu disse que elogiei o atendimento do município e que temos preferência em sermos atendidos na atenção básica,se os senhores da SES que diga-se de passagem não estavam presentes na audiência apenas a responsável pela área de tuberculose, e mais ninguém, ao contrario do município, que estavam presentes,irei desenhar aqui para os Senhores o que foi dito.
Fica claro a falta de conhecimento da rede e de sistema de saúde. Uma coisa não pode substituir a outra são complementares,não são todos os doentes que podem ser acompanhados somente pela atenção primaria,muitos podem mais não são todos e a atenção especializada secundaria é fundamental.
1 – O Município ao contrario do Estado não esta fechando as suas portas, pelo contrário, estão abrindo. Exemplo, a municipalização do hospital Albert Schweitzer situado no Bairro de Realengo, e o outro o hospital, Rocha Faria em Campo Grande, tirando do Estado um peso de 504 milhões em despesas, e se não fosse isto, ambos já estariam com as portas fechadas, como o Getúlio Vargas, no bairro da Penha.
2 – Os níveis das DSTS/AIDS no Estado são alarmantes, e acredito que nestes passos largos por conta da má gestão de saúde no Estado, muito em breve seremos o estado com o maior índice de óbitos e infecções por DSTS/AIDS. Mesmo assim, o Estado se recusa assinar a cooperação interfederativa que o Ministério da Saúde ofereceu, devido a gravidade da epidemia e mortes por Aids em nosso estado, lembrando que somos por enquanto o terceiro maior estado em números de infecções por HIV/AIDS.
3 – A palavra crise se tornou sinônimo de incompetência e má gestão em todo o Rio de Janeiro.
Vide a reportagem do jornal Extra de 28/08/2016 em que o Estado Ira decretar a sua falência.
4 – Em recente reunião com ativistas com o Gestor, não vou citar nomes aqui, informou que eu disse que como o Município é voltado para clínicas da família (atenção básica), que preferimos este serviço, completando com a pergunta: qual o tipo de modelo que queríamos para o atendimento da AIDS no Estado????
Não sei se vamos rir ou chorar. Primeiro que jamais citei que modelo X,Y ou A que seriam o modelo que queríamos.
O que queremos, vamos desenhar:
Queremos chegar a qualquer unidade do Estado e sermos bem atendidos, que não faltem exames, medicamentos, internação e atendimento humanizado (SIMPLES NÃO?). Pagamos impostos, por sinal bem altos, e os Senhores Gestores são pagos para fazer isto: implementar modelos de atendimento que atendam da melhor forma possível os usuários, e que funcionem bem. Se for para dizermos como fazer, sugiro que os Senhores peçam exoneração e passem o cargo para quem saiba fazer!! Exemplo aprendam com o Município do Rio de Janeiro.
5 – Atualmente faltam medicações para doenças oportunistas para AIDS como valaciclovir dentre outros medicamentos.
6 – Em qualquer patologia que o carioca precise de um rápido atendimento ou emergência pelo Estado, dependendo da gravidade,as chances de termos óbitos são muito grandes.
7 – Por todo o exposto acima, solicitamos o imediato afastamento do governador em exercício Antonio Carlos Dorneles por entendermos que esta gestão esta colocando toda população do estado do Rio de Janeiro, em risco de morte.
ARTICULAÇÃO NACIONAL DE SAUDE E DIREITOS HUMANOS, doravante apenas reconhecida pela sigla ANSDH, contitui-se como associação sem fins lucrativos e econômicos, com sede e foro no município de São Paulo-SP e atuação em todo território nacional e Internacional.
Sem mais neste momento, assinamos e validamos a mesma.
Rio de Janeiro 28 de Agosto de 2016
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Renato da Matta
Presidente