Renan Oliveira, 23 anos, passista da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, participou do lançamento da campanha no Rio de Janeiro e acredita que a ação vai lembrar os jovens de se prevenirem. “Com certeza a campanha vai estimular os jovens na prevenção, principalmente no Carnaval, que é uma época do ano em que as pessoas bebem e não costumam se preocupar tanto, ainda mais com a questão do preservativo. Além da iniciativa do teste, que é muito boa, não só para os jovens, mas para todas as idades. Acho que todo mundo deve fazer o teste”, incentivou.
O Ministério da Saúde passou a oferecer aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) um novo tipo de diagnóstico para a aids. O teste oral, realizado a partir da mucosa da boca, não exige infraestrutura laboratorial e dá o diagnóstico em cerca de 30 minutos. Estes testes já estavam sendo utilizados dentro do projeto Viva Melhor Sabendo, parceria do Ministério da Saúde com 60 organizações da sociedade civil de todo o país, que durante o Carnaval 2015 realizarão o procedimento nas principais folias do Brasil. A previsão do Governo Federal é que, no decorrer deste ano, o teste oral já esteja disponível para todas as pessoas que quiserem realizá-lo.
As estudantes de enfermagem, Mariana Martins Correia e Jéssica Espíndola, de 21 anos, concordam que as informações sobre prevenção, testagem e medicação estão mais acessíveis para as comunidades. “Eu achei muito importante a campanha ser divulgada na Mangueira, principalmente por ser aqui em uma quadra, nessa parte de carnaval, que é um momento em que a prevenção está muito em foco, porque a mensagem chega a todas as pessoas”, afirmou Mariana. “Não tem mais desculpa para você falar que não fez o teste ou que você não sabe, agora não tem mais como dizer que você pegou aids de um ficante ou namorado, porque você não sabia que ele tinha, dá pra se prevenir e, agora, é até mais fácil de você fazer com que a pessoa vá até o teste. Não tem mais desculpa para essa doença. Não tem mais desculpa para não se proteger, para dizer que você não sabe que tinha ou o parceiro tinha. Acho que o governo fez a campanha de uma forma acessível, que basta a gente querer e correr atrás”, completou Jéssica Espíndola.
Durante o evento, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, chamou atenção para os dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP) e seu impacto nas novas ações. “Essa geração se beneficiou dos 30 anos de luta contra a aids e do desenvolvimento científico. Por isso essa geração passou a ter uma postura muito mais liberal do ponto de vista que se relacionam os mais velhos. A pesquisa mostra, por exemplo, que pessoas entre 15 e 65 anos de idade que tiveram mais de 10 parceiros sexuais em sua vida já está chegando aos 70% na região sudeste e, se nós pegarmos a população mais jovem dessa pesquisa, isso aumenta ainda mais. Por isso não se trata mais de lidar apenas com a camisinha. Cerca de 94% da população brasileira sabe que para prevenir HIV e outras DSTs é preciso usar o preservativo, entretanto, 45% não usou preservativo em suas últimas relações sexuais casuais. Nós não vamos desistir de trabalhar intensamente o uso do preservativo. Mas nós não podemos olhar os dados da pesquisa nacional, dados dos pesquisadores das universidades e das ONGs e continuar insistindo que só a camisinha dá conta da epidemia de aids. Portanto, a nova resposta do Brasil em relação à infecção por HIV/aids agora é composta pelas três estratégias: camisinha, testagem e tratamento imediato”, afirmou.
A cantora Preta Gil, parceira do Ministério da Saúde nas ações contra aids, também esteve presente no evento na quadra da Mangueira e expôs sua preocupação com o comportamento de risco dos jovens. “É verdade que, justamente pelo bom trabalho que o Ministério da Saúde fez em relação à prevenção da aids, para essa geração, infelizmente, parece que a aids não existe. É como se a doença tivesse desaparecido. Eu vejo que meus fãs, que são jovens, foram poupados, porque a minha geração perdeu muitos ídolos. Mas a gente tá aqui sempre junto com o ministério para incentivar a campanha, não só no Rio de Janeiro, mas no Brasil inteiro”, ressaltou.
Dados do Ministério da Saúde mostram que 6,4 milhões de testes rápidos para o HIV foram distribuídos em 2014 e das cerca de 734 mil pessoas que vivem hoje com HIV e aids no Brasil, aproximadamente 150 mil delas possuem a doença e não sabem.
Fonte: Ana Beatriz Magalhães / Blog da Saúde
Minhas considerações :
Gostei muito de ter sido convidado para o evento,achei bem legal a interação do Ministro da Saúde com todos ali presentes.
Achei fantástico a inserção da prevenção em programas de redes sociais como o Tinder e Hornet,infelizmente tem pessoas que são do contra e sempre tem que criticar as ações do governo,o governo pode fazer a melhor campanha do mundo que o povo vai criticar ,reclamavam que não tinha campanha direcionada aos jovens agora reclamam que é invasão de privacidade,ou seja se eres governo soi contra!!
E justamente os que criticam, não estão na linha de frente ou mesmo fora do Brasil,ficam escrevendo criticas mais ninguém chega com uma ideia ou se propõe a fazer melhor,um monte de gente com ideias retrogradas que não se encaixam na realidade atual vivem na década de 80 e 90,se fala que a aids não tem cura eles também reclamam,vamos mentir agora?? dizem que a aids é uma doença banal uma doença controlada!!! estou cheio de pessoas que falam besteira em meu nome e de todas as pessoas vivendo com HIV/AIDS.
Deixo bem claro aqui estas pessoas atualmente prestam um enorme desserviço a população,alem de querer banalizar a doença,com estes discursos de quem tem aids é como uma doença simples é que nos vamos perdendo cada vez mais direitos, então vou deixar bem claro aqui (A AIDS É UMA DOENÇA CRONICA DEGENERATIVA E NÃO TEM CURA) ou se evita ter a doença ou então se paga um preço alto,que vão desde a estigma e preconceito, efeitos adversos e por ai vão ,veja aqui.
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=r5Ra7m6VHRk e http://www.renatodamatta.com/blog/consenso-2008-aids-crnica-degenerativa
Falo aqui com a propriedade de quem tem HIV a 15 anos.
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