Informação destinada às pessoas interessadas na evolução da qualidade assistência aos pacientes de HIV/AIDS no Brasil e no bom uso dos recursos públicos e que não acreditam em campanhas de calúnia e difamação promovidas pela turma do quanto pior melhor:
Está em consulta pública a alteração no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos (PCDT), capítulo sobre periodicidade de consultas e seguimento laboratorial, este ponto sobre a utilização dos exames de CD4 no seguimento de PVHA.
O acesso integral à proposta e as contribuições podem ser feitas pelo linkwww.saude.gov.br/consultapublica
até dia 10/06/15. Encaminho o texto que está em consulta pública em anexo.
Esta proposta foi submetida e aprovada pelo nosso Comitê Técnico Assessor de Terapia Antirretroviral em Adultos e, ao contrário do que está sendo dito, NÃO PROPÕE O FIM DO USO DO CD4.
O resumo da proposta é que o exame de CD4 não deverá ser utilizado para o monitoramento clínico de uma PVHA quando esta presentar TODAS as seguintes condições:
1) Paciente assintomático
2) Em TARV
3) Com CV indetectável
4) Tenha apresentado dois exames consecutivos de CD4>350, com intervalo mínimo de 6 meses entre eles.
O monitoramento clínico de uma pessoa que tenha todas condições acima deve ser unicamente a carga viral (CV). Nesta situação, flutuações laboratoriais e fisiológicas do CD4 não têm relevância clínica e podem levar a erros de conduta, como troca precoce de esquemas ARV ou manutenção de esquemas em pacientes em falha virológica.
Contudo, os pacientes que não apresentem pelo menos uma das condições elencadas acima deverão CONTINUAR FAZENDO NORMALMENTE SEUS EXAMES DE CD4, com a mesma periodicidade já preconizada no PCDT de Adultos.
Na proposta está claro que o CD4 “... é um dos biomarcadores mais importantes para avaliar a urgência de início da TARV e a indicação das imunizações e das profilaxias para infecções oportunistas (capítulo 3 e 16). Com esse exame, é possível avaliar o grau de comprometimento do sistema imune e a recuperação da resposta imunológica com o tratamento adequado, além de definir o momento de interromper as profilaxias.”
Por fim, é importante ter em conta que o uso racional do CD4 é um movimento mundial, em muito motivado pela própria OMS, que fez uma reunião com experts em Genebra especificamente sobre este assunto, da qual resultou uma orientação aos países que revisem o uso de CD4 no monitoramento de PVHA, tornando-o mais racional e reservando seu uso para situações em que de fato ele seja útil como ferramenta de monitoramento clínico. Nossa proposta está condizente com esta orientação e tem o foco na simplificação do manejo das pessoas que vivem com HIV, o que deverá ter impacto positivo na qualidade da atenção ao HIV/Aids no país.
O resto é fofoca!
Saudações
Fabio Mesquita
PS: qualquer um tem o DIREITO de se manifestar na consulta publica e por isto é que ela existe!
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Minhas considerações: Tem algumas pessoas que usam as menos empoderadas como massa de manobra,para os seus próprios interesses se dizendo representar todo o movimento social de luta contra a Aids,posso afirmar que isto é uma grande falacia,e tudo o que podem fazer para gerar tumulto eles fazem,(SE ERES GOVERNO SOI CONTRA).
Um grande erro, estão envolvendo questões politicas partidárias e pessoais vide o caso dos cartazes no lançamento da frente parlamentar,o que deixou muito claro que a questão dos dirigentes da ANAIDS são pessoais.
Uma grande parcela do movimento social de luta contra a Aids esta muito insatisfeita com tais atitudes e posturas,tanto que foi criada a ANSDH (Articulação Nacional de Saúde e Direitos Humanos) e a grande prova disto foi o enorme numero de adesão tanto de ONGS tanto de pessoas vivendo e convivendo com o Hiv/Aids,temos que discutir politicas publicas e avanços para as PVHAS dentro do respeito,e apresentando propostas coerentes,criticar sem nenhum tipo de embasamento técnico cientifico apenas para criar tumultos é infantil e irresponsável.
Certa vez o Sr.Paulo Giacomini em recife me perguntou se eu era governista e eu respondi:
- Se é para se sentar a mesa e discutir com os gestores politicas publicas dentro do respeito,se for para levar boas propostas ao gestor,se for para apoiar as boas ações do governo,se for para conversar e dialogar dentro do respeito o que não esta bom,então eu sou governista.
Levantar cartazes,moções e notas para la e para cá pode ter funcionado na década de 80 e 90 hoje as coisas são diferente e estas pessoas cismam de ficar olhando para trás e não para frente claro que também visando seus próprios interesses,por que alguns destes nem trabalho de base tem,e nem sabem das realidades das periferias e quando sabem é através da mídia,porque não querem colocar o pezinho nas comunidades.
Por - Renato da Matta