As inovações de tratamento e assistência e os rumos da política brasileira para o HIV e aids e as hepatites foram debatidas, em João Pessoa (PB), durante o 10º Congresso de HIV/Aids e o 3º Congresso de Hepatites Virais. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, participou, na terça-feira (17/11), da cerimônia de abertura do evento, que reúne cerca de 3 mil especialistas e profissionais de saúde.
“As conferências são ótimas oportunidades para discutir o novo ciclo de desafios que as duas doenças trazem. O congresso vai ajudar a programar ações para alcançar a meta da OMS de eliminar a epidemia de aids até 2030”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro. “Em relação às hepatites virais, estamos nos tornando modelos para o mundo após fornecer um tratamento totalmente oral, de última geração, com um preço acessível e sustentável”, complementa.
O 3º Congresso de Hepatites Virais discutiu os novos métodos rumo à eliminação da doença. Desde outubro deste ano, os pacientes brasileiros com hepatite C tem acesso a um dos tratamentos mais inovadores e eficientes disponíveis no mundo para o combate à doença. A nova terapia ofertada pelo SUS aumenta as chances de cura (a partir de 90%) e diminui o tempo de tratamento para 12 semanas contra as 48 semanas da terapia anterior. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas com os novos medicamentos sufosbuvir, daclatasvir e simeprevir, no período de um ano. O investimento total para a oferta dos três medicamentos no SUS é de quase R$ 1 bilhão.
As novas medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante e pacientes com má resposta à terapia com Interferon, ou que não se curaram com tratamento anterior. A meta é ampliar a assistência às hepatites virais, minimizando as restrições impostas pelo tratamento anterior. A nova terapia garante ao paciente mais conforto e qualidade.
Em 13 anos de assistência à doença no SUS, foram notificados e confirmados 120 mil casos, e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente são 10 mil casos notificados ao ano. Estima-se que a tipo C seja a responsável por 350 e 700 mil mortes por ano no mundo. No Brasil, são registrados cerca de três mil mortes por ano associadas à hepatite C.
HIV/AIDS – Com o lema “Novos Horizontes, Novas Respostas”, as atividades do congresso abordaram os principais tópicos que atualmente permeiam as discussões em torno do HIV e aids – entre prevenção, diagnóstico e tratamento. Foram realizadas plenárias, mesas-redondas, simpósios e apresentadas práticas bem-sucedidas das doenças no Brasil.
Para o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, os encontros tiveram discussões importantes. “São novidades que precisam ser acompanhadas de perto, como a eliminação dos níveis epidêmicos do HIV/Aids até 2030, a implementação da Profilaxia Pré-Exposição e a própria cura do agravo”, destaca.
Este ano, a adoção da política de combate ao HIV e aids no país comemora 30 anos de história. O Brasil tem adotado ao longo dos anos, e principalmente nos últimos dois anos, uma série de medidas de ampliação da testagem de HIV em populações chaves, além de facilitar o acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem utilizadas pelas pessoas vivendo com HIV e aids.
Essas políticas refletiram na redução da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve uma queda de 15,6% na mortalidade dos pacientes com aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2013. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos de aids, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos novos ao ano.
PROGRAMAÇÃO – Com o tema “Por que pensar no fim da epidemia em 2030”, o médico e pesquisador argentino Julio Montaner foi o responsável pela palestra de abertura no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa (PB), na terça-feira (17/11). Radicado no Canadá, Montaner é o criador da estratégia “Tratamento como Prevenção”, que antecipa o tratamento a todos os soropositivos como forma de prevenção à doença, já adotada pelo país.
Paralelamente ao evento que que foi encerrado na sexta-feira (20/11), foi instalada a Vila Social com programação organizada por 14 entidades nacionais de luta contra a Aids e as Hepatites Virais. O local receberá debates, rodas de conversa, exposições e atividades culturais. A programação completa está disponível no site www.aids.gov.br.
Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-2005 / 3580 / 2351
Minha participação no evento:
Tive a honra de ser convidado para fazer parte do comitê cientifico do evento e participar de duas mesas,uma como palestrante falando sobre o USO DO TELELAB NA CAPACITAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DO HIV que é uma importante ferramenta para o aprendizado e capacitação a distancia sobre as testagens de HIV,Hepatites Virais etc.. disponível no seguinte endereço eletrônico http://telelab.aids.gov.br/index.php/cursos.
Deixo aqui os meus agradecimentos a Dra.Miriam Franchine coordenadora de laboratórios do Dpto Nacional de Dsts/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde pela confiança por ter me indicado para palestrar sobre tão importante tema que é o Telelab.
Também participei como moderador da mesa.
Novas diretrizes em perícias médicas para HIV/Aids e a redução do tempo de contribuição para a aposentadoria das Pessoas Vivendo com HIV/Aids - PVHA Moderador(a) Renato da Matta (RJ) Reconhecimento do direito ao benefício por incapacidade no INSS e o papel da saúde do trabalhador do INSS nesse contexto Doris Leite (DF) Parceria do Ministério da Previdência Social com a sociedade civil para evitar a judicialização Alessandro Stefanutto (DF) Advocacy e assessoria jurídica junto à previdência social: oportunidades e desafios Patrícia Diez Rios.
Uma mesa muito rica com muitas informações pertinentes sobre os temas acima quem participou gostou muito.
A Dra.Doris Leite da Dirsart (Diretoria de Saúde do Trabalhador) em sua exposição sobre as novas diretrizes em pericias medicas em HIV/AIDS informou, que no momento a Previdência Social não tem como capacitar os seus peritos médicos a respeito das novas diretrizes eu quanto Presidente da ANSDH (Articulação Nacional em Saúde e Direitos Humanos) ofereci o nosso estúdio de tv para podermos capacitar os peritos médicos em um curso on line,o que não gera custos e nem perda de tempo já que os peritos são assoberbados de trabalho,o que foi bem recebido não só pela Dra.Doris como também pelo Procurados Chefe do Inss Dr. Alessandro Stefanutto,pretendemos dar inicio a este trabalho no próximo ano.
Tivemos a Vila Social com 14 stands das entidades da sociedade civil que deu um brilho extra ao evento, com muitas informações e eventos ali apresentados no palco montado exclusivamente para a sociedade civil.
A ANSDH (Articulação Nacional em Saúde e Direitos Humanos) também esteve presente no congresso e em parceria com a empresa Social & Soluções em que foram instaladas duas maquinas de distribuição de preservativos estas maquinas já foram instaladas em vários pontos no Brasil um exemplo foram os aeroportos em que fizeram o maior sucesso .
Maiores informações www.socialesolucoes.com.br
Minhas considerações: O evento foi um evento de grande porte muito bem organizado e com um conteúdo incrível,mesas muito bem elaboradas e um alto nível,meus parabéns a todos os que participaram direta ou indiretamente para que este grande evento tivesse este grande êxito o que vem a provar que já estamos prontos para sediarmos uma conferencia internacional de DSTS/AIDS e Hepatites Virais.
Para ter acesso as fotos clique no botão Fotogaleria.
Por - Renato da Matta